Segundo Ligia Buonamici, diretora de marketing da Liz, o mercado brasileiro está cheio de novidades em relação a tecidos, bojos e formatos. O atraso do país, diz ela, fica por conta das variedades de tamanhos.
- Em vários países, existem inúmeras opções de números de bojo e de circunferência. No Brasil, uma mulher muito magrinha e com peito grande, por exemplo, tem dificuldade para achar o sutiã ideal - afirma.
Antes de colocar a culpa no pedaço de pano, é importante ter em mente alguns conselhos na hora de renovar o guarda-roupa. O maior erro das mulheres, segundo a diretora da Liz, é achar que a alça tem a função primordial de sustentar os seios.
- O que dá sustentação é a faixa do tórax. Se ela fica muito larga, a mulher acaba apertando demais a alça. Isso levanta o sutiã, deixando aparecer a parte debaixo dos seios. Por outro lado, sutiãs muito apertados amassam a pele, bloqueiam a circulação e podem ressaltar as gordurinhas indesejadas - alerta Ligia, lembrando que sutiã muito justo nas costas pode ser aumentado com um extensor.
Bojos de vários tipos: em camadas, bolha, espinha de peixe
O bojo é um capítulo à parte. Milagroso, ele ganhou apelido de "cirurgia plástica instantânea nos seios". Simone Kestelman, proprietária da marca de lingerie Sex K, afirma que 90% de suas clientes compram sutiãs com bojo - estrutura que dá rigidez na parte da frente do sutiã e geralmente é usado para aumentar os seios.
- No início dos anos 2000, houve um boom de venda de bojos. Há várias denominações: em camadas, bolha, espinha de peixe... Existem inclusive bojos com função de massageador, que estimulam a circulação do sangue nos seios. Quase ninguém mais quer sutiã sem bojo ou arame, aquele com o pano molinho, sem estrutura. Só as vovós continuam fiéis compradoras - diz a especialista em lingerie.
O sutiã é peça principal em muitas produções. Quem nunca deixou um pedacinho dele aparecendo?
- Muitas mulheres usam o sutiã como complemento da roupa. Escolhem a dedo para combinar com a produção. Com isso, as fábricas de lingerie vem dando mais atenção aos detalhes, como rendas, babados, alças desenhadas e até aplicação de cristais - explica Simone.
Lavagem: 'lingeries não devem ser deixadas de molho'
A etapa da escolha do sutiã certo foi superada com sucesso. Agora é o momento de ficar ligada na manutenção. A diretora da Liz destaca os cuidados para lavar a lingerie:
- Antigamente, os tecidos mais comuns eram os sintéticos e de algodão. Hoje, com a microfibra, a durabilidade da lingerie aumentou, mas é preciso lavá-la corretamente para garantir maior tempo de uso. Há fios que não agüentam cloro nem calor. Lavar a calcinha e o sutiã no banho não é uma boa opção, porque a água quente pode estragar a malha com o tempo. Deixar de molho também é ruim, pois a umidade deteriora os fios - explica.
O ideal, segundo a especialista, é lavar na mão com água fria e sabão neutro, e só espremer para tirar o excesso de água, nunca torcer com força. Para secar, pendure à sombra.
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